sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O fenômeno das Tribos Urbanas


“Tribos, num conceito antropológico, são formas de organização social amplas, são alianças entre aldeias, linhagens ou clãs”. Essa foi a descrição de Maria Emília Tavares. Hoje em dia essa palavra é usada também como metáfora, para designar tribos urbanas.

Tribo é um elemento de composição de palavras que exprime a idéia de atrito, isto é, a resistência de corpos que se opõem quando se confrontam. Esta dimensão de resistência grupal, substantivamente ligada à idéia de atrito, encontra-se presente no fenômeno das tribos urbanas.

As tribos urbanas são grupos sociais compostos por integrantes de grupos com os gostos musicais, vestuário, linguagem e, até mesmo, filosofias de vida parecidos, estando muito mais presentes no dia-a-dia dos jovens, que procuram formas de se auto-conhecerem e de serem encaixados na sociedade. Segundo Maria Emília Tavares, que escreve para o blog Sobre Tribos, o principal fator para o surgimento desses grupos é a necessidade de diferenciação numa sociedade que está, cada vez mais, fadada a ser tornar homogênea, através do apelo ao consumo e padronização dos gostos, impostos pela mídia.


Toda tribo, possui características diferentes, servindo de modelo de estilos de vida e fazendo com que seus integrantes, tenham uma identidade pré-definida.

O fenômeno das tribos, não é apenas voltado para um universo de jovens, porém é nesse universo, que o estilo fica conhecido, aparentando ser algo apenas relacionado à juventude.

As constantes mudanças e o imediatismo se agrupam numa certa defesa do presente vivida na tribo, não havendo projetos futuros ou preocupações com o destino da tribo. É o próprio movimento do consumo que determina o futuro destas tribos. Essa é a caracterização de tribos dada por L.G. Coutinho.

Estes grupos caminham sob uma nova ética, na qual seria chamada de “ética da estética”, aonde o exagero, afeto e a imagem, juntos determinam a maneira com que o jovem se situa no mundo.
Essa “ética da estética”, para Featherstone seria a maneira de ser classifi-cado no mundo e ela própria se compõe em um fator de favorecimento ao aparecimento das tribos. Onde a beleza e o culto à imagem prevalecem, mudando a própria identidade.


Os jovens que pertencem a determinadas tribos urbanas se distanciam de determinados padrões sociais para poderem encontrar com grupos de referência mais próxima de seus ideais, investido em redes de relacionamentos que recriam novas cenas urbanas e sociais.
A metáfora tribo sugere a emergência de novas formações sociais que surgem de algum tipo de reagrupamento entre quem procura uma proximidade com outros que de alguma forma possua semelhança.

Texto: Fernanda Ferreira

Bisou

Compras Mei-Sim Tijuca

 Hello Everyone!
Hoje estou aqui para mostrar as comprinhas que fiz ontem no mercado Japonês que fica lá na Tijuca (RJ) .
Foi a primeira vez que fui até lá e posso dizer que fiquei apaixonada pelos produtos e pelo ambiente.
No Mei-Sim, você encontra desde produtos industrializados até temperos para comida, frutos do mar e etc..
Para quem não tem o Bairro da Liberdade como vizinho, realmente esse mercado é um quebra-galho.


Não sei se pela foto da para ler os preços, mas achei bem em conta, levando em consideração os produtos inusitados e o fato de só termos alí para fazermos esse tipo de compras.

O Mei-Sim fica na rua Barão de Mesquita, n° 456 loja A - Tijuca RJ

Bisou!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Tudo sobre as Hime-Gyarus


Hime Gyaru é um estilo de moda que pode ser descrito como um encon-tro dos estilos entre Gyaru e Lolita. As meninas adeptas ao estilo Lolita, às vezes costumam migrar para o Hime Gyaru, justamente pela semelhança existente entre ambas.
Apesar desse estilo ser bastante famoso e ter seu início em Harajuku, os looks dessa tribo são inspirados na indumentária do período do Rococó, que aconteceu durante o século XVIII.
Segundo Laver, uma das principais características das roupas do período do Rococó, era o efeito de rigidez, dignidade e seriedade em suas roupas. As mulheres da época começaram a usar um novo penteado, a fontage, que colocava o cabelo bem alto e fazia com que aparentemente a altura ficasse maior. Usavam também uma peruca comprida. Esta formava um amontoado de cachos emoldurando o rosto e caindo até abaixo dos ombros.

Elas buscavam sempre a amplidão, usando saias que se abriam para os lados, por meio de barbatanas de baleia ou arcos de salgueiro. Daí a palavra panier, que quer dizer “cesta” em francês, que a estrutura interna da saia lembrava. A extrema amplidão dos vestidos dessa época era motivo de al-guns inconvenientes, uma vez que era impossível duas mulheres passarem juntas por uma porta, ou até mesmo sentarem no sofá. Os vestidos tinham uma abertura na forma de um V invertido, deixando aparecer a anágua.

Havia um arranjo semelhante no corpete, que possuía uma abertura na frente preenchida por uma estrutura que podia ser de papelão ou barbatana que costumava ser muito bordada ou enfeitada com uma série de laços de tamanho decrescente de cima para baixo. Os babados eram duplos ou triplos, sendo os de cima um pouco mais curtos para exibir melhor a renda.
Podemos apontar os principais pontos em comum entre a Hime Gyaru e período do Rococó: as perucas com cachos compridos, as saias volumosas compostas por várias camadas de babados, os laços na parte superior da roupa e as rendas nas mangas.

Uma Hime Gyaru usa roupas brilhantes, cabelos estruturados por meio de perucas ou até mesmo alguns acessórios para darem esse efeito alto, nos olhos cílios longos combinados pelas circle lenses14, roupas com muitos ba-bados e laços e uma série de acessórios cor-de-rosa, como bolsas, sombri-nhas, e etc..
O principal objetivo das integrantes dessa tribo é parecer verdadeiras princesas andando pelas ruas. O shopping mais famoso e precursor desse estilo foi o shopping Harajuku em Tóquio.

Segundo uma reportagem da revista época Negócios, o Japão sempre foi famoso por suas modas radicais, que combinam as maiores misturas de esti-los até cópias de modelos de marcas como Chanel, Bvlgari e Dior. Normal-mente, são as adolescentes que iniciam as modas, porém as Hime Gyarus de agora são em geral mulheres de 25 a 35 anos, que encontraram nesse estilo uma espécie de fuga, principalmente das preocupações econômicas que au-mentaram com a crise financeira mundial.
“Existe uma procura enorme pelas histórias de contos de fada com finais felizes”, diz a professora em Sociologia de Tóquio, Asuka Watanabe segundo a reportagem da Revista Época Negócios.
Por trás de todo o estilo, elas são meninas que não necessitam mais da ajuda da família para comprar suas roupas, pois geralmente o trabalho delas está ligado à moda , beleza ou como vendedora das lojas japonesas voltadas para o seu próprio estilo. Como por exemplo: Jesus Diamante, La Pafait e Liz Liza. Também podem ser encontrada trabalhando em clínicas de estética.

Uma menina Hime-Gyaru gosta de ser elegante, mesmo que para isso gaste muito tempo e todo o seu dinheiro comprando as roupas de suas lojas favoritas, além de acessórios e adesivos para personalizar celulares ou outros itens pessoais e até mesmo roupas para seus mascotes de estimação.
Essencialmente, as Hime Gyaru criam um estilo mais maduro que combina os conceitos clássicos com um toque moderno e extravagante.

Elas imitam looks ricos e famosos da melhor forma, geralmente com a ajuda de revistas, como a Glamorous e a Egg e comprando em algumas lojas do Shibuya 109.
O grande sonho delas é se tornarem famosas e algumas acabam tornando-se garotas propaganda de alguma marca ou até modelos de suas lojas favoritas.
Segundo uma reportagem da revista época Negócios, em entrevista ao Wall Street Journal, Mayumi Yamamoto, uma hime-gyaru de 36 anos, disse que mal consegue dormir à noite quando descobre que já chegou algum lançamento a uma de suas lojas favoritas. Mayumi possui uma coleção de 20 vestidos, comprados nos últimos oito meses, um gasto de US$ 2 mil a US$ 3
mil ao mês.

O estilo é exuberante, porém pouco prático, principalmente no trabalho, o que leva algumas integrantes a evitarem usar vestidos tão elaborados duran-te o horário de trabalho. Manter esse estilo é de extrema importância para as integrantes dessa tribo, pois muitas vezes deixam de comprar até alimentos, para poder sobrar mais dinheiro para as roupas.

Quem são as Kigurumin


Elas acreditavam estar criando um novo sub-estilo de Gyaru ao vestir fantasias de vacas, ursos, cangurús e hamsters, enquanto andavam pelas ruas a qualquer hora. Embora o estilo tenha durado pouco, por um tempo a tribo transformou Shibuya em um bairro divertido e diferente.
Durante a explosão Manba, as modas que faziam a mistura de elementos considerados “fofos” e chocantes eram valorizadas.

A mídia após conseguir alta popularidade com os grupos Gonguro e Manba ficou chocada com as garotas fantasiadas logo que surgiram em Shibuya. A televisão via nas adolescentes a certeza na qual a juventude havia perdido a sanidade. Alguns meios de comunicação ficaram indignados ao saber que algumas garotas usavam apenas biquínis por baixo das roupas de pelúcia.

Em 2004, a moda Kigurumin, se espalhava por todos os níveis da socieda-de. Comerciais de televisão e campanhas publicitárias traziam os ídolos femi-ninos associados a esse estilo. Essas meninas acabaram virando uma espécie de musa para os meninos fanáticos por animes e mangás, os Otakus.

Quem são as Gonguro?


As principais características das meninas dessa tribo são: excesso de produtos baratos para bronzeamento encontrado em farmácias ou até mesmo aplicando velhas graxas de sapatos. Círculos brancos ao redor da boca e dos olhos, feitos com creme faciais.
As ruas de Shibuya foram palco de modas e estilos extremos, mas nada que fosse tão inovador e até mesmo agressivo para algumas pessoas, quanto a excentricidade das Gonguro, que na linguagem Gyaru, significa literalmente “rosto negro”. 
O termo, usado para definir a primeira geração do gênero, fazia alusão às faces super morenas. 

O prefixo “Gon” foi incluído quando o aspecto visual começou a ficar exagerado.
A revista Egg era uma espécie de guia das Gyarus que buscavam estilos diferentes nunca antes vistos. Dentro desse estilo Gonguro, houve uma me-nina chamada Buriteri, que começou a ganhar uma atenção especial dos seguidores dessa tribo e tornou-se uma espécie de celebridade conquistando sua fama, trabalhando como modelo no salão de bronzeamento chamado Blacky, no bairro de Shibuya.

As Gonguros competiam entre si na elaboração de elementos excêntricos para construir uma imagem pessoal exótica. As saias que já eram curtas começaram a ficar cada vez menores. As cores de roupas predominantes desse estilo eram as cores primárias7 brilhantes e nos pés, botas plataformas ou sandálias modelo Anabela bastante exageradas.

Quem são as Kogal?


 O termo Gal começou a ser empregado nos anos 1980 e atualmente serve basicamente para descrever adolescentes que seguem tendências e gostam de um estilo moderno e ousado.Essa tribo durou do meio até o fim dos anos 1990.
“Ko” vem de “kodomo”, que significa criança em japonês. As tribos do passado, como as Sukeban5 tentavam romper padrões sociais agindo agressi-vamente, aparentando ser mais velhas do que realmente eram, as Kogal se-guiram na direção oposta, exibiam juventude por causa do uniforme escolar e queriam ser admiradas por todos. Por isso, gastavam muito dinheiro em acessórios infantis, adesivos, bichos de pelúcia e enfeites para o cabelo.
Suas peles eram morenas à base de bronzeamento artificial, usavam bo-tas plataformas, cabelos descoloridos e saias curtas. As meias folgadas tam-bém faziam parte do seu vestuário. Estas são hoje associadas às adolescentes japonesas e foram originalmente criadas para usar com botas compridas para chuva. 
Porém, foi visto que essas meninas queriam modelos de meias cada vez maiores e foi descoberto que algumas meninas se sentiam inseguras com o formato de suas pernas. E o que era apenas para ser usado em dias de chu-va, tornou-se um acessório para esconder as pernas.

O que é Gyaru?


Afinal, como as Gyarus são?
“Gyaru” ou “Gal” é a pronúncia japonesa para “Girl” em inglês, ou garo-ta(s). É um estilo de moda japonês baseado na estética e podemos dizer de forma abrangente que as Gyarus são garotas na fase da adolescência, com boa posição social e que gostam de saber notícias sobre a moda ocidental e oriental.
Essa tribo possui muitas vertentes, mas todas estão relacionadas ao gla-mour e consumismo exagerado de marcas e últimas tendências da moda.
É um dos estilos mais voltado ao Ocidente, mas por influência da moda japonesa, que permite a fazer combinações inusitadas e divertidas, as Gyarus misturam cores, estampas, brilhos e toda uma liberdade que a moda urbana permite, trazendo cara própria e um estilo bem ousado para os padrões Orientais, com seus decotes e saias curtas.
 


 Com o tempo a palavra Gyaru foi aceita para descrever qualquer uma desses vários sub-estilos que surgiram. O termo começou a ser empregado simplesmente para denominar adolescentes seduzidas por áreas como Shibuya 109, que é um complexo de compras freqüentado pelas jovens, em busca de estilo e moda. Embora apenas 20% das clientes do complexo ainda sejam adeptas ao estereótipo bronzeado, o título de Gyaru seria adequado para definir uma grande parte das freqüentadoras, mesmo que progressiva-mente elas deixem de ser adolescentes. Essas meninas que compram nesse “mini-shopping”, levam para a casa, as principais novidades em sapatos, camisetas, vestidos, lingeries, biquinis e toda a espécie imaginável de acessórios bem diferentes.


O Shibuya 109 abriu suas portas em 1979. Sua primeira geração de lojas vendia itens masculinos, artigos esportivos, discos e até mesmo cortinas. Mas
como fizeram em toda Shibuya, as garotas dominaram e transformaram o shopping em um espaço só para elas.
As atuais lojas desse complexo de compras que comercializam esse estilo são: Love Boat, SLY, Egoist e Me Jane, oferecem vários tipos de peças a preços bem inferiores aos das demais marcas internacionais.
Segundo Koich Nagawwa, editor-chefe da revista Egg, há um número impres-sionante de ex-gyaru voltando à cena, agora com mais de vinte anos, para uma segunda etapa, vestindo-se bem e ainda agindo de forma rebelde. Essas garotas mais velhas buscam um visual mais sexy e adulto.


Esse estilo possui algumas características como o bronzeamento artificial inspirado nas californianas, os cabelos loiros, o extremo cuidado com a maquiagem, o penteado e decoração de todos os tipos em acessórios, como unhas e celulares.
Há uma ramificação extensa dentro do estilo gyaru, apesar de que, no Japão, todas essas subcategorias são tratadas simplesmente, por gyaru, sem haver distinção de estilo.

Bisou